O OpenDocument FormatO formato OpenDocument (ou OpenDocument Format – ODF, no original em inglês), constitui um padrão aberto para o armazenamento de documentos. Um padrão aberto deve ser entendido como uma especificação disponível a qualquer desenvolvimento, com o objetivo de garantir a longevidade do conteúdo do documento, a interoperabilidade entre aplicativos e a independência de fornecedores.O padrão ODF foi criado e é mantido pela OASIS (Organization for the Advancement of Structured Information Standards), organização internacional criada com o objetivo de desenvolver e promover padrões digitais para uso na Internet. Através de comitês técnicos, a OASIS desenvolve especificações que compõem o padrão. No ano de 2005, o formato ODF foi homologado pela ISO como um padrão de reconhecimento internacional sob a identificação ISO 26300, sendo, posteriormente, também aprovado no Brasil pela ABNT em 2008. Na ABNT, o padrão recebeu a identificação NBR ISO 26300. Extensões de arquivoA identificação de um arquivo no padrão ODF
pode ser feita através da sua extensão. As extensões de documentos
mais utilizadas são:
Estrutura de um arquivo ODFPara mais informações sobre a estrutura técnica de um arquivo do padrão OpenDocument, clique aqui. Justificativas de utilizaçãoEntre os vários aspectos que justificam o uso do formato OpenDocument, destacam-se:1. Garantia de continuidade e longevidade dos documentos Com o uso do ODF, os documentos de textos, planilhas e apresentações têm sua abertura garantida através da especificação padronizada, mesmo depois de anos. 2. Independência de fornecedores de aplicativos A utilização do formato ODF desvincula o usuário de um determinado fornecedor de software. Com a possibilidade de utilização de vários aplicativos que utilizam o formato, a concorrência passa a ser baseada em qualidade técnica e funcionalidade, em vez da seleção dos aplicativos com base em requisitos ultrapassados definidos pelos formatos proprietários. 3. Fomento à adoção de padrões pelo mercado de tecnologia da informação no Estado A adoção do formato ODF também estimula os diversos segmentos da economia para o uso de padrões, em especial o segmento dos fornecedores de soluções tecnológicas, que, dessa forma, passam a aderir aos padrões mundiais. 4. Independência de fatores legais e econômicos relacionados à propriedade intelectual Com o ODF, diminui o risco da dependência dos aplicativos e formatos de documentos quanto à fatores do mercado (fechamento/compra/venda de empresas fornecedoras de tecnologia e detentoras dos direitos legais sobre formatos de arquivo não padronizados). 5. Adequação às tendências da tecnologia da informação O uso de padrões internacionais é uma tendência irreversível do cenário atual da tecnologia da informação. Seja qual for o modelo de distribuição de softwares, a adequação aos padrões é um requisito natural. 6. Colaboração dos organismos públicos que adotam o ODF Em especial para organizações públicas, a regulamentação do uso do padrão ODF permite viabilizar projetos de colaboração técnica e estratégica com outros atores (governos, empresas e organizações do terceiro setor) para o desenvolvimento de soluções tecnológicas comuns. 7. Participação na decisão sobre o futuro do formato Através da participação nos comitês técnicos do consórcio OASIS, as organizações usuárias podem propor implementações no formato que possam atender às suas demandas futuras. 8. Adequação à Declaração Universal dos Direitos Humanos Como explica o brasileiro Jomar Silva, diretor da ODF Alliance, cada vez mais os direitos garantidos ao cidadão são exercidos por meios digitais. É responsabilidade dos governos, portanto, a implementação de políticas de governança eletrônica que garanta ao cidadão o acesso aos serviços públicos e informações na forma expressa na Declaração de Haia, em especial: 1. ser livre de discriminação pelo governo ou lei (Artigo 2, Artigo 7). 2. a livre circulação dentro das fronteiras de cada nação (Artigo 13.1). 3. o direito de participar no governo (Artigo 21.1). 4. o direito de igualdade no acesso aos serviços públicos (Artigo 21.2). A implementação de padrões abertos é, então, para os órgãos da administração pública em especial, o meio adequado para a garantia das liberdades individuais e coletivas dos cidadãos que, desta forma, podem interagir com o poder público através de um formato eletrônico de documentos comum, mas de independente da aplicação que venham a escolher para isso. 9. Estabelecimento de diferenciais competitivos baseados em padrões abertos Já para as organizações privadas, o padrão ODF permite o estabelecimento de uma base comum de comunicação e interoperabilidade sem, no entanto, eliminar a possibilidade de desenvolvimentos específicos através dos recursos baseados em XML. 10. Aderência aos padrões já existentes Por definição, o padrão OpenDocument reutiliza
padrões abertos da indústria baseados em XML. A especificação
utiliza, por exemplo, subconjuntos dos padrões DublinCore, MathML
SMIL e Xlink, entre outros. Versões do padrão ODFPara indicar a versão do padrão OpenDocument no qual o arquivo foi armazenado, todos os elementos possuem um atributo office::version. O número da versão, (por exemplo office:version="1.1") identifica os elementos, o schema utilizado e sua interpretação.
http://docs.oasis-open.org/office/v1.2/cs01/OpenDocument-v1.2-cs01.html Você sabia que......o trabalho desenvolvido com o ODF no Brasil tem obtido significativo destaque. Em 2009, Vitório Furusho, gestor de TI da Celepar, no Paraná, foi premiado com a primeira edição do ODF Awards, prêmio concedido pela ODF Alliance como forma de reconhecimento de pessoas eorganizações que se destacaram na divulgação do ODF. A premiação foi dividida com o indiano Anvar Sadath. |